Eu sei que o assunto já está meio batido,
mas mesmo assim acabei refletindo sobre quando uma amiga veio me contar:
– Nati, o Fulano gosta de
mim.
Querendo saber como ela havia chegado ao tal veredicto,
perguntei:
– Como você sabe ?
– Ele me mandou um
coração vermelho no wpp
De fato, um coração vermelho pode sim ser indicio
de tal. Os emojis chegaram e, automáticamente, ganharam muito espaço na nossa
sociedade (desde a época do MSN, e até, talvez, antes disso). Quantas vezes,
duramente uma conversa, eu não tive vontade de mandar aquela carinha que me expressava
tão bem! E já chegou a tal ponto de eu pegar o celular e de mostrar o emoji
para a pessoa. Não consegui me expressar de outra forma mais precisa.
Voltando para o coração vermelho, eu tomo cuidado
sim! Aliás, as pessoas que já receberam um desse são extremamente raras. Acho
importante vigiarmos esse aspecto das redes sociais, afinal, sem o contato cara
a cara, ás vezes é difícil interpretar o tom de vez que a pessoa usou, é
difícil encontrar a ironia e é ainda mais difícil poder confiar se tudo aquilo
é verdadeiro mesmo. Mas é aí que as geniais figurinhas entram. Elas nos dão uma
boa idéia disso tudo –ou podem ajudar a mascarar ainda mais um sentimento ou
reação.
Creio que antes de acreditarmos se esse tal
Fulano está mesmo na da minha amiga, é preciso conhecer o jeito dele. Antes de “julgar”
alguém pelos emojis, é preciso descobrir se essa pessoa é do tipo que
banaliza-os ou não. Mas o Fulano é um sujeito mais na dele e já estava dando
outros sinais. O coração vermelho foi só a confirmação que precisávamos. Agora,
eu termino esse texto fazendo um apelo. Por favor, não banalizem os emojis!
Existe toda uma linguagem, uma expressão repleta de sentimentos que podem ser
mostrados através deles. Só não da para o Fulano acreditar neles, e a minha
amiga banalizá-los. É uma arte em conjunto!